Nas tabelas, podemos ver o melhor do
colocado no campeonato brasileiro da época ou correspondente, sendo que quando
o fundo é amarelo indica que o time foi campeão.
Temos como pano de fundo no começo o fim
da década de 50 e o começo da década de 50. Houve muitos anos de domínio muito
grande no Rio Grande do Sul, nas décadas de 40 e começo da década de 50, pelo
Internacional, do Rolo Compressor, de Carlitos (maior artilheiro da história do
Colorado, com 485 gols) , Nena, Tesourinho, Villaba e cia. De 1940 a 1955, o Inter
ganhou incríveis 13 gauchões de 16 disputados. Porém, no ano seguinte, o
cenário começa a se inverter.
Em 1956, começa a era de um dos maiores
times da história do Grêmio. Em 1954, dois anos antes, é inaugurado o Estádio
Olímpico, e seus resultados não demoram a vir: de 1956 a 1968, o Grêmio ganhou
12 de 13 gauchões disputados. Era o Grêmio de Everaldo, Gessy, Juarez, de
Alcindo, o Bugre, maior artilheiro tricolor com 231 gols. Também se destacava,
pela liderança, Aírton Pavilhão.
Essa disparidade entre os dois times viria
a se mostrar a nível nacional: na finada Taça Brasil, o Grêmio foi o clube que
mais participou - não só do RS, mas dentre todos os clubes do Brasil - só tendo
ficado de fora em um ano. Sua melhor posição foi um honrado quarto lugar,
sempre competindo contra esquadrões, como o Santos de Pelé, Botafogo de
Garrincha, Palmeiras de Ademir da Guia, Djalma Santos, Cruzeiro de Tostão e
etc.
No fim da década de 68 o cenário começava
a se reverter de novo: o Inter começava a subir de novo. Em 1967 e 1968, nas
duas primeiras edições do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, vulgo Robertão, ficou
em segundo colocado. Porém, no ano de 1969 há um fato marcante para a história
do futebol gaúcho: a inauguração do estádio Beira-Rio. Com ela, surgiram no
Inter craques do naipe de Valdomiro, Claudiomiro, Dadá Maravilha, Manga,
Falcão, Don Elias Figueroa, Carpeggiani, que formaram um dos maiores esquadrões
da história do futebol brasileiro, apesar da forte concorrência da Máquina Tricolor,
de Félix, Carlos Alberto Torres, Edinho, Dirceu, Rivellino e Dorval, também da
concorrência do Cruzeiro de Raúl, Nelinho, Piazza, Jairzinho e Palhinha. O
Inter consegue por 9 vezes seguidas, ser o melhor time gaúcho do campeonato
brasileiro, um recorde estadual, duas vezes sendo nesse período o melhor clube
do Brasil. Durante o período de 1968 e 1980 o Internacional só ficou fora dos 5
melhores colocados do Brasileirão uma vez.
Em 1977 o Grêmio renasce. Tendo nomes como
Oberdan Vilain, Ancheta, um dos melhores zagueiros da Copa de 70, Tarciso,
Tadeu Ricci, Iúra, o então jovem Éder Aleixo e o histórico centro-avante André
Catimba, todos estes comandados na casa-mata por ninguém menos que Telê
Santana. Foi campeão estadual nesse ano e quebrou sequência de títulos do
Inter, a época octa campeão estadual, além de ficar a frente do rival no
campeonato nacional. Se nota esse ano como um ponto fora da curva. Até o fim da
década de 70 o Inter volta a reinar, sendo inclusive campeão brasileiro invicto
em 1979, no ano seguinte também sendo vice campeão da América.
No ano de 1980, a ampliação do Olímpico é
concluída, com o mesmo virando Olímpico Monumental. E novamente, os resultados
não tardam a vir. No ano seguinte, o Grêmio é campeão brasileiro em cima do São
Paulo em pleno Morumbi, com gol de Baltazar. Dois anos depois o Grêmio é
campeão da América e do mundo. A década de 80 foi marcada por domínio gremista
em relação ao Internacional, apesar do rival constantemente montar bons times,
com jogadores como Ruben Páz, Taffarel, Luís Carlos Winck e o uruguaio
Aguirregaray. O auge desses bons times é visto no fim da década, quando o Inter
foi duas vezes seguidas vice-campeão nacional, no polêmico campeonato de 1987 e
no de 1988. Também não pode ser deixado de citar o feito histórico do Brasil de
Pelotas em 1985, ano em que ficou em terceiro colocado no campeonato nacional,
só ficando atrás de Coritiba e Bangu.
No começo dos anos 2000, o Grêmio, ajudado
financeiramente pela ISL, forma um grande time e domina o cenário regional,
essa superioridade traduzida em 3 vezes seguidas melhores que o rival. Porém,
quando a ISL vai a falência, o Grêmio entra em crise financeira forte e é até
rebaixado, tudo isso contribuindo para uma época de mais sucesso do colorado,
com o Grêmio 4 anos seguidos não sendo o melhor time. O Internacional, então
começando a se reestruturar, sob a presidência de Fernando Carvalho, começa a
montar um de seus maiores times da história, apesar de em 2004, ano muito
estranho para o futebol, o Juventude ter sido o melhor gaúcho.